Subimos a esse quarto. Disse-te tudo. Todas palávras que conhecia e que eram, para mim, a realidade. Ouviste e disseste outras palavras. Tinhamos esperado o suficiente.
Eu ainda não sabia que cantavas. Eramos estrangeiros.
Procuraste-me sempre.
Mas eu ainda não conhecia o teu canto.
A mim não te desvelaste mas ao mundo.
Seremos sempre estranhos porque a lua te abrasou a língua. E os lábios queimaram-se sobre o meu coração.
Adormeceste no meu regaço. Adormeci atendendo o teu sono.
Odiei-te vilmente. Tinhas dado ao sol as tuas ordens.
Não voltarias mais.
Não voltarias mais.
Não mais.
Desci desse quarto e odiei-te vilmente.
Caminhei com as marcas.
Ainda as trago.
Não sairão.
Queimam ainda quando uma voz se levanta indefinida
para ecoar no final da tarde. Um idioma estranho.
O teu canto e tu vão existindo sem mim.
Procurei-te sempre. E ainda não conheço o teu canto. Não conheço o sono que roubou o meu. Não reconheço palavras nem idiomas. Deixaste-me armada de um novo.
E com ele falo. E com ele, para mim mesma, canto.
Incessantemente canto.
Desconheço a realidade.
Conheço apenas esse sonho que trocámos e tocámos ao viver.
Agora procuro o teu canto. Agora que não virás.
Agora me aproximo. Agora que até a tua sombra se perdeu .
Não serás resgatado. Nem eu.
Tu serás Tu.
Um estranho.
Eu ainda não sabia que cantavas. Eramos estrangeiros.
Procuraste-me sempre.
Mas eu ainda não conhecia o teu canto.
A mim não te desvelaste mas ao mundo.
Seremos sempre estranhos porque a lua te abrasou a língua. E os lábios queimaram-se sobre o meu coração.
Adormeceste no meu regaço. Adormeci atendendo o teu sono.
Odiei-te vilmente. Tinhas dado ao sol as tuas ordens.
Não voltarias mais.
Não voltarias mais.
Não mais.
Desci desse quarto e odiei-te vilmente.
Caminhei com as marcas.
Ainda as trago.
Não sairão.
Queimam ainda quando uma voz se levanta indefinida
para ecoar no final da tarde. Um idioma estranho.
O teu canto e tu vão existindo sem mim.
Procurei-te sempre. E ainda não conheço o teu canto. Não conheço o sono que roubou o meu. Não reconheço palavras nem idiomas. Deixaste-me armada de um novo.
E com ele falo. E com ele, para mim mesma, canto.
Incessantemente canto.
Desconheço a realidade.
Conheço apenas esse sonho que trocámos e tocámos ao viver.
Agora procuro o teu canto. Agora que não virás.
Agora me aproximo. Agora que até a tua sombra se perdeu .
Não serás resgatado. Nem eu.
Tu serás Tu.
Um estranho.
1 Comments:
ANSIA
¿Quién ganará esta carrera de oso
contra serpiente?
Vocifera en la espesura de los bosques
Marca los árboles con tus garras
Te estaré esperando entre las hojas secas
Para clavar mi colmillo
Y mudar…
De piel sombría donde alguna vez resbalaste
De duras escamas que te lastimaron
De sinuosa voracidad que te congeló la sangre
Corre Oso, corre lejos, lejos de tan lejos
Corre y badea los ríos con tu pobre pata herida
No mires hacia atrás
Que se escucha el sibilar de mi lengua
En el umbrío follaje
Lilián Cámera
En el mismo tono de tus virulentas palabras contra el "extraño"
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