terça-feira, outubro 17, 2006
sexta-feira, outubro 06, 2006
terça-feira, outubro 03, 2006
Não derramarei eu doçura suficiente na tua pele para saldar as cotas vitais da tua angústia? É o teu peito, árido sobre a chuva e a cinza passante dos anos, um renegado abstinente do meu corpo, do meu sangue? Sangue puro sem aliança, sem laços, um traço desenhado no contorno da minha anca aberta, das pernas que cerras quando sobrevoas as minhas costas.Quando o teu cabelo me perfuma pele adentro e os teus labios de silencio ardem sob os meus. Deixo-te a minha voz, dou-te a minha voz, não olhes aos meus pecados, não olhes ao meu passado, sente apenas. Não olhes aos meus erros, a minha simpleza mas á fé selada no meu peito.E reune-te sem medo, lança-te na traquilidade maritma que estes braços erguem para ti. Pura, sem alianças ou enredos espero-te para celebrar contigo, e só contigo, o que só eu sinto.
E se por nada mais for, toma a minha carne, bebe do meu corpo e dá-me a tua pele, os teus labios e as tempestades que neles cultivas.Da-me a paz das tuas mãos esvoaçantes e a guerra do teu corpo nú. Da-me os teus olhos perdidos e teu carinho sem fé.
E se por nada e nada mais for, faz isto em memória de mim.
E se por nada mais for, toma a minha carne, bebe do meu corpo e dá-me a tua pele, os teus labios e as tempestades que neles cultivas.Da-me a paz das tuas mãos esvoaçantes e a guerra do teu corpo nú. Da-me os teus olhos perdidos e teu carinho sem fé.
E se por nada e nada mais for, faz isto em memória de mim.