domingo, outubro 30, 2005

Tenho mil setas reservadas para ti.




Todas apontam ao teu peito. Este, este é o meu sangue. Será entregue e derramado por ti. Não espero a tua vinda. Não espero nada de ti. Não espero que os teus olhos me rocem a pele. Não espero que me toques. Não espero esquecer-te. Partiste de madrugada. Toma. Bebe! Depois da queda do sol, da morte das estrelas: Cairás em tentação. Beberás e cantarás em memória de mim. Louvarás a vida em desabrida loucura. E virão mulheres de doces cabelos lavar-te os pés. As tinas com água e rosas. Com seios esperando o teu sinal. Tu estarás E eu em ti. E tudo isso será em memória de mim.