sábado, junho 26, 2004

Incêndios

Temor
na minha mão ardente...

A que insubmissa e muda palavra
te recusas?

Que voz é essa que escreves e te engole
no silêncio?

Que abismo fundo e tosco esculpes
no teu vagar?


Ardendo,
Ardendo,
Ardendo
só fogo
só labareda
só cinza
resta da minha alma.

Gabriella Marenzio